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Um arboreto é uma área destinada para o plantio e cultivo de árvores e arbustos, nativos e/ou exóticos, de várias espécies. Essas espécies são, em geral, documentadas e identificadas cientificamente. O arboreto da FJBPC pode ser encontrado em toda a sua área de visitação, e conta com espécies nativas e exóticas, arbustivas e arbóreas. É considerada a coleção viva mais antiga da Fundação, visto que os plantios começaram junto com a sua construção.
Atualmente a coleção conta com mais de 500 exemplares de espécies arbóreas, pertencentes a 60 famílias botânicas. O espaço é aberto ao público com finalidade de recreação, educação ambiental e pesquisa.
Figura: Imagens mostrando indivíduos e a composição do arboreto da Fundação Jardim Botânico, áreas de visitação livre. Autora: Daniela Nascimento.
Durante a visita monitorada ou passeio livre, as pessoas podem observar várias espécies distintas, entre elas espécies nativas ameaçadas de extinção, como a araucária (Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze), jequitibá-rosa (Cariniana legalis (Mart.) Kuntze), butiá (Butia eriospatha (Mart. ex Drude) Becc.) e o palmito-juçara (Euterpe edulis Mart.). Além de espécies que, além de ameaçadas, ajudam a contar a história do nosso país, como um jovem exemplar da espécie Paubrasilia echinata, o pau-brasil
Mesmo sendo uma coleção relativamente jovem, seus indivíduos já impressionam com seu porte e suas floradas.
Figura: Exemplares de espécies que compõem o arboreto da Fundação Jardim Botânico em fase de floração. (a) Flores de goiaba-da-serra (Feijoa sellowiana (O.Berg) O.Berg). Autor: Daniela Nascimento; (b) Exemplar florido de urucum (Bixa orellana L.). Autor: Angela Liberali; (c) Exemplar florido de pinha-do-brejo (Magnolia ovata (A.St.-Hil.) Spreng.). Autor: Daniela Nascimento; (d) Flores de ipê-amarelo-cascudo (Handroanthus chrysotrichus (Mart. ex DC.) Mattos). Autor: Daniela Nascimento; (e) Flor do falso-pau-brasil (Tara spinosa (Molina) Britton & Rose). Autor: Daniela Nascimento; (f) Floração da crista-gali (Erythrina crista-galli L.). Autor: Daniela Nascimento; (g) Flor do araçá do outono (Eugenia acutata Miq.). Autor: Daniela Nascimento; (h) Flores de paineira-vermelha (Bombax ceiba L.). Autora: Daniela Nascimento.
Referências:
Os cactos possuem espinhos, caule suculento que realiza fotossíntese, são especialistas em economizar água e assim, geralmente crescem em ambientes mais secos, podendo em alguns casos ser encontrados sobre árvores ou rochas de regiões úmidas e sombreadas. Ocorrem principalmente nas Américas, sendo encontrados desde as planícies costeiras até as altas montanhas. No Brasil, estão distribuídos em todos os biomas, totalizando mais de 250 espécies, sendo mais de 70% endêmicas.
Como eles vivem geralmente em regiões inóspitas, são base para a alimentação de inúmeras espécies da fauna e além disso, muito importantes para a cultura de diversas comunidades humanas, podendo ter uso etnobotânico, alimentício, medicinal, dentre outros. Entretanto, a intensa exploração para uso pessoal e comercial, a destruição dos ecossistemas onde vivem, além de seu crescimento populacional lento, fazem da família Cactaceae uma das mais ameaçadas. Assim, são necessárias ações que contribuam para sua conservação e uso sustentável, como a pesquisa científica, a educação ambiental e a preservação de seus habitats.
O Cactário da Fundação Jardim Botânico de Poços de Caldas tem como objetivo difundir os conhecimentos sobre as cactáceas através da Educação Ambiental e do contato, para que a população aprenda sobre a importância ecológica e cultural dessa família para o Brasil. Além disso, o Cactário é parte do contexto da conservação ex situ da instituição, na modalidade de coleção viva de cactos, funcionando como banco genético.
Figura: Vista parcial do Cactário da Fundação Jardim Botânico de Poços de Caldas. Fonte: Rafael de S. M. da Silva (2023). Algumas espécies de cactos presentes no cactário da Fundação Jardim Botânico de Poços de Caldas. A: Mammillaria elongata DC.; B: Opuntia monacantha (Willd.) Haw.; C: Echinopsis oxygona (Link & Otto) Pfeiff. & Otto.; D: Aylostera fiebrigii (Gürke) Backeb. Fonte: Rafael de S. M. da Silva (A e B, 2022) e Angela L. Pinheiro (C e D, 2022).
Referências:
A coleção é composta por espécies conhecidas como “suculentas”, que possuem tecidos carnosos, engrossados ou túrgidos devido ao armazenamento de água. Essa característica é resultado de uma adaptação a sobrevivência a ambientes onde não havia água disponível constantemente. O objetivo da coleção é a conservação ex situ dessas espécies.